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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Erros em procedimentos, atendimentos via tabletes e consultas na internet para receitar pacientes motivaram a Polícia Civil da cidade de Mamanguape, Litoral Norte do estado, a investigar o técnico de enfermagem Valclepson Figueiredo da Silva, 34 anos, que se apresentava com médico em duas cidades da Paraíba. Ele foi preso no sábado (30) e apresentado à imprensa nesta segunda-feira (1).

De acordo com o delegado Seccional do Litoral Norte, Sterfersson Nogueira, as investigações se iniciaram quando médicos do Hospital de Mamanguape estranharam os procedimentos realizados por Valclepson Figueiredo, que tinha um diploma falso de medicina da Universidade Estadual de Pernambuco (UPE). A numeração do documento correspondia à graduação de Pedagogia da UPE pertencente a uma pessoa, ainda desconhecida. 

“O falso médico atendia no Samu e hospital de Mamanguape. Porém, em casos de urgência, ele encaminhava o paciente para o hospital sem realizar nenhum procedimento. Os colegas de trabalho começaram a estranhar o caso e denunciaram”, disse o delegado.

Durante o processo de investigação, a Polícia Civil constatou que os pacientes eram receitados após Valclepson Figueiredo consultar a internet. “Ele sempre estava com o tablet na mão. Quando ia atender um paciente e o caso era mais complexo, o falso médico consultava a internet para saber qual o procedimento adequado. Ainda não sabemos quantas pessoas ele atendeu, de forma ilegal, na Paraíba”, revelo Nogueira.

O delegado confirmou que o técnico de enfermagem atuava nas cidades paraibanas de Mamanguape e Conde, desde novembro de 2013 ao ter o registro do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) autorizado. “Vamos notificar o CRM e a UPE para prestar esclarecimentos de como ele conseguiu o registro do Conselho e o diploma falso na universidade pernambucana. Estamos levantando e a procura de pessoas que possam ter sofrido algum problema de saúde ao ser receitado por Valclepson Figueiredo”, adiantou.

Valclepson Figueiredo vai ser levado para a Cadeia Pública de Mamanguape. Inicialmente, ele vai responder pelos crimes de estelionato, exercício ilegal da Medicina e falsidade ideológica. Se condenado, o acusado deve pegar mais de 10 anos de prisão.

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Fonte: Hyldo Pereira/Portal Correio


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